03 de abril de 2024
Tecnologia e Inovação
Saiba tudo sobre o lançamento do primeiro satélite 6G, que marcou o início de um novo capítulo no universo da internet e conectividade global.
No dia 3 de fevereiro de 2024, a China realizou o lançamento histórico do primeiro satélite 6G do mundo. Mas, o que seria o 6G? Quais as suas diferenças em relação ao 5G? Quando ele começa a ser usado?
Neste artigo, a America Chip te conta tudo (e mais um pouco) — mas, adiantando, velocidades ultra rápidas e baixa latência são apenas algumas das vantagens relacionadas ao 6G.
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China faz o lançamento histórico do primeiro satélite 6G do mundo
Você conhece a China Mobile? Atuando em 264 países e regiões, os pontos de presença dessa operadora de telecomunicações são muitos (para ser exato, 226). E, você acredita que, desses mais de 200 pontos, 16 ficam no Brasil?
Não é à toa que, quando se trata de número de assinantes de serviço móvel, a China Mobile é a maior de todas as operadoras.
Quando foi?
Na primeira semana de fevereiro de 2024 (03/02), a China Mobile fez história lançando o primeiro satélite do mundo com tecnologia 6G.
Mas, fique esperto: não é só por que essa tecnologia foi lançada recentemente que o 6G já começa a substituir as outras gerações de redes móveis assim, num estalar de dedos. O Brasil, por exemplo, mal aderiu à quinta geração (5G). Segundo a Conexis Brasil Digital, apenas 7% das cidades brasileiras (aproximadamente) contam com a legislação adequada para o 5G.
Onde foi?
O satélite 6G foi lançado na China, e, atualmente, fica a cerca de 500 km em órbita da Terra. Isso significa que ele é um satélite de baixa órbita — o que, por sua vez, gera uma latência de 1 milissegundo — ainda menor que a do 5G, que já é baixíssima.
Os satélites LEO (Low Earth Orbit) orbitam a Terra a uma altitude de 2.000 quilômetros ou menos. Por conta de sua proximidade com a Terra, suas conexões de Internet são mais rápidas e com menor latência — o tempo que leva para um sinal viajar do seu dispositivo até o satélite e volte.
Quanto menor a latência, mais rápida é a conexão à Internet. Os satélites LEO (como o primeiro satélite 6G do mundo, por exemplo) são a opção ideal para áreas rurais e remotas que não têm acesso a conexões de Internet terrestres.
A diferença do 6G para o 5G no Brasil
O salto do 5G para o 6G no Brasil promete uma transformação na velocidade e na latência das conexões. Enquanto o 5G já proporcionou uma melhoria relacionada a esses aspectos, o 6G promete elevar essa experiência ainda mais.
A expectativa é de que o 6G ofereça conexões 50 vezes mais rápidas do que o 5G. A capacidade de conectar inúmeros dispositivos por quilômetro quadrado também se destaca com o 6G.
Ou seja: além de suportar um maior número de dispositivos conectados ao mesmo tempo, o 6G também possibilitará novas aplicações de IoT (Internet das Coisas) em cidades inteligentes, indústrias e outros setores.
Outra diferença importantíssima do 6G em relação ao seu predecessor é sua relação com a Inteligência Artificial. Essa colaboração entre 6G e IA irá aprimorar a eficiência das redes, reduzindo a perda de dados, otimizando o consumo de energia e melhorando a desempenho geral dos dispositivos conectados.
Saiba quando o primeiro satélite 6G do mundo começa a ser usado
O primeiro satélite 6G do mundo, já em órbita, marca o início de uma série de testes e validações que antecedem a adoção definitiva do 6G.
Estima-se que os testes e a definição de padrões para essa nova tecnologia sejam concluídos até o ano de 2028 e que, a partir de 2030, o 6G passe a ter 290 milhões de conexões ao redor do mundo, segundo previsões de consórcios e especialistas trabalhando no desenvolvimento desta nova geração.
Benefícios do Satélite 6G nos dias de hoje
Os benefícios da implantação de satélites 6G são muitos — gerando impactos positivos em diversos aspectos da vida diária e industrial. Vamos conhecê-los?
Velocidade de conexão ultrarrápida
O resultado da velocidade ultrarrápida proporcionada pelo 6G? Downloads e uploads quase instantâneos que transformam a transferência de grandes volumes de dados.
Essa velocidade é essencial para aplicações que demandam alta largura de banda, como streaming de vídeo em 8K, realidade virtual e aumentada e serviços em nuvem, por exemplo.
Experiência sem interrupções
Com o 6G, as conexões ficam ainda mais confiáveis — sem interrupções e garantindo uma boa experiência de usuário.
Mas, afinal, por que uma experiência sem interrupções é tão importante? É simples. Ela faz toda a diferença no suporte a aplicações críticas, na qualidade do serviço, na IoT, na habilitação de novas tecnologias, eficiência econômica e empresarial, acesso e inclusão digital e proteção contra falhas e ataques (e, acredite: a lista é grande).
Cobertura global, até mesmo em áreas remotas
Um dos maiores desafios das tecnologias de comunicação atuais é a cobertura global que inclua áreas remotas. Os satélites 6G superam esse obstáculo, oferecendo acesso à internet (e com baixa latência) em locais onde as redes terrestres não chegam.
Nas tecnologias anteriores, estar próximo a uma antena de conexão era obrigatório. Com o 6G, os pontos de conexão aumentam, e essa proximidade deixa de ser uma obrigação.
Suporte para uma variedade de dispositivos conectados
Suportar múltiplos dispositivos conectados ao mesmo tempo, é uma das principais promessas do 6G. Isso inclui, além de smartphones e computadores, um ecossistema de dispositivos IoT.
Cada vez mais dispositivos (dos mais distintos tipos e formas) se conectam à internet, resultando na criação de cidades inteligentes e ecossistemas industriais automatizados.
Como adquirir acesso ao 6G
Antes de sequer pensar no 6G, é importante portar dispositivos que suportem essa tecnologia, já que as anteriores (como 4G e 5G) não serão compatíveis com as novas frequências e capacidades do 6G.
Fabricantes de smartphones, tablets, e outros dispositivos inteligentes lançarão novos modelos compatíveis com a tecnologia 6G, enquanto operadoras de telecomunicações desenvolverão e oferecerão planos de serviço 6G.
A implementação do 6G também dependerá de colaborações entre governos, indústrias de telecomunicações e tecnologia, para desenvolver normas, regulamentações e garantir a segurança e privacidade dos usuários na nova rede.
Conclusão
O 6G marca o início de uma revolução na conectividade global, prometendo velocidades ultra rápidas, experiências sem interrupções, cobertura global e suporte inigualável para dispositivos conectados.
Embora a implementação plena do 6G ainda não tenha, “saído 100% do papel”, com previsões apontando para uma proliferação maior a partir de 2030, o impacto dessa tecnologia no desenvolvimento social, econômico e tecnológico é imenso.
Preparar-se para essa transformação envolve, além da atualização tecnológica, a adaptação a novas formas de interação digital, que seguem inovando, revolucionando e transformando o futuro da comunicação, da indústria e da sociedade em um mundo cada vez mais interconectado.
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